Dados que dimensionam o mercado:
Estudos desenvolvidos nos últimos anos vêm apresentando dados tristes sobre a taxa de desemprego entre os jovens. O buraco é ainda maior quando trata-se das carreiras em tecnologia. Não por falta de interesse das empresas para a contratação ou dos próprios jovens, mas na grande maioria das vezes, pela precariedade no ensino e falta de qualificação no momento da entrada desses estudantes no mercado de trabalho.
- Boa notícia: Em 2021 o Brasil registrou 8M de matrículas no ensino médio e o número de jovens que estão matriculados no Ensino Médio dobrou nos últimos 4 anos de acordo com o Censo Escolar de 2022. O talento é abundante.
- Oportunidade: Mesmo assim, é esperado que o país chegue a um déficit de meio milhão de profissionais de tecnologia segundo a Brasscom.
Como ação mitigadora, o governo criou em 2000 o programa Jovem Aprendiz, que é uma forma de contratação de profissionais de 14 a 24 anos com o objetivo de estimular o primeiro emprego e a formação profissional. É diferente de um estágio porque o jovem ganha salário, tem direito a 13º e até férias. A legislação determina que médias e grandes empresas contratem um número de aprendizes equivalente a, no mínimo, 5% e, no máximo, 15% de seus funcionários que precisam de formação profissional.
- Boa notícia: 3 milhões de jovens já concluíram o programa nos últimos 20 anos, e hoje são cerca de 450 mil matriculados no programa.
- Oportunidade: Mesmo com o crescimento do programa, o Brasil ainda está distante dos melhores exemplos do mundo, como Reino Unido, França e Alemanha. Apenas 14% dos jovens aprendizes são efetivados segundo o Ministério do Trabalho, enquanto no Reino Unido são 93%.
Esta situação é muito preocupante, pois gera falta de estímulo para as empresas se beneficiarem do programa e afasta os jovens dos estudos. Afinal o Programa de Aprendizagem, além de ser uma porta de entrada segura para o mercado de trabalho, pois é regida por legislação própria e fiscalizada por órgãos competentes, garante todos os direitos do jovem, combate o trabalho infantil e a evasão escolar. A baixa taxa de empregabilidade pode em parte ser explicada pela maneira como empresas contratam através do programa.
- Boa notícia: Segundo o Centro de Desenvolvimento Profissional (Cedep), os dois segmentos que mais contratam jovem aprendiz atualmente são Indústria e Varejo.
- Em uma rede de supermercados, por exemplo, o jovem aprendiz entra no posto inicial etiquetando ou embalando produtos segundo a Cedep.
- A empresa Correios contrata os jovens através do programa para atuar na movimentação de pacotes, encomendas e cartas, além do suporte ao cliente e algumas tarefas administrativas.`
- Oportunidade: Em 2022 haviam mais de 950 mil vagas de aprendiz abertas e apenas 500 mil jovens ativos no programa.
- Hoje os casos de contratação de jovens aprendizes para carreiras de tecnologia representam menos de 1% dos jovens matriculados.
- Isso se dá devido à ausência de instituições formadoras de aprendizes com currículos computacionais.
Em conclusão, pode se dizer que vivemos diante de uma grande oportunidade de melhorar o impacto do programa de Jovem Aprendiz. Através do melhor alinhamento do currículo de aprendizes às necessidades das empresas.
Além disso, a contratação do aprendiz torna a sua empresa mais diversa e permite ao empresário desenvolver futuros talentos a partir dos valores do seu negócio, podendo contar também com incentivos fiscais.
Outros motivos para você contratar aprendizes:
- Cumprimento da cota legal (Lei 10.097/2000) da empresa
- Oxigenação do quadro de colaboradores da empresa, permitindo a formação de uma equipe mais diversa e plural;
- Desenvolvimento de futuros profissionais com o perfil (DNA) da sua empresa, permitindo a criação de um plano de carreira, com colaboradores formados dentro da cultura e valores do seu negócio;
- Associar à sua empresa um programa social, gerando visibilidade positiva junto ao público;
- Desenvolvimento socioeconômico do país, contribuindo não apenas com a qualificação desses jovens, muitas vezes em situação de vulnerabilidade, mas também, mudando a realidade da sociedade;
- Práticas corporativas voltadas para políticas sociais – ESG.
Quer saber mais como contratar jovens talentos na área de tecnologia? A #Edutalent te mostra o caminho!
Artigo colaborativo com nossos parceiros da Hands On Brasil – Consultoria e Serviços